sábado, 26 de fevereiro de 2011

Dicas de como dar apoio em Brasília.

Dicas de como dar apoio em Brasília.
Muitas vezes guardamos ou jogamos fora objetos que não usamos, por não saber onde doá-los. Muitas vezes ignoramos nosso próximo, onde um simples gesto de amor pode salvar vidas, como doações de leite materno, alimentos, cobertores, roupas ou ainda um pouco de seu tempo.

1. Aquele computador que você não usa mais:
CDI - Centro de Democratização da Informática. http://www.cdi.org.br/
É uma ONG que trabalha com a população carente do DF e Entorno e que necessita de doações de equipamentos para continuarem o trabalho.
Marco Ianniruberto - Secretário Executivo do CDI-DF
diretoria@cdi-df.org.brAldiza - aldiza@esquel.org.br
(61) 3322-7233 (61) 3322-7233

2. Doando bicicletas usadas:
Rodas da Paz http://www.rodasdapaz.org.br/
Recebe doação de bicicletas novas, usadas, com defeitos ou quebradas.
Consertam/reformam e doam para creches de crianças carentes. As que não tiverem conserto, eles aproveitam para fazer triciclo para deficientes físicos.
thebruce@terra.com.br // www.osteixeiras.com.br
Maurício 8408.8498
Andréia 9986.2911 / 3447.4551

3. Ajudar pessoas com câncer:
Movimento de apoio ao paciente com câncer. É uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de atender, em suas necessidades materiais e afetivas, os pacientes carentes em tratamento na Unidade de Radioterapia e Quimioterapia internados no Hospital de Base de Brasília.
Ingressando como voluntário, sua presença é muito importante; fazendo doações de cestas básicas, brinquedos, roupas e calçados, novos ou usados.
Presidente: Maria José - 8442.9091 // Lílian - 9219.3998

4. Devolvendo a boa visão a pessoas que não podem comprar óculos:
Voriques Óptica http://voriquesoptica.com.br/index.php
Recebe óculos com defeitos ou quebrados. Consertam e doam para idosos e crianças carentes.
Centro Médico de Brasília - SHLS 716 Bloco F loja 16/43
Voriques 3346.6100
Marina/Walace 3346.9692 (marketing)
marketing@voriques.com.br // assessoria@voriques.com.br
Pátio Brasil Shopping - Térreo Loja 104W 3225.8586 / 3223.3496
Centro Comercial Gilberto Salomão - Lago Sul 3248.6952 / 3364.3616

5. Doando eletrodomésticos usados:
Recebe eletrodomésticos usados e com pequenos defeitos, restauram e repassam para pessoas carentes. Cooperativa 100 Dimensão
http://www.casosdesucesso.sebrae.com.br/CasoSucesso/casosucesso_item.aspx?Codigo=3
Sônia, Ângela 8442.3275 angel01@hotmail.com
Melhorar a qualidade de vida de centenas de família:
QN 16 conj. 5 lote 2 Riacho Fundo II (na entrada)

6. Doando roupas, alimentos, brinquedos e outras coisas que não têm mais utilidade para você:
Recebe roupas, alimentos, brinquedos etc. Ajuda a cuidar de dezenas de crianças abandonadas.
Aldeias SOS – 913 Norte // www.aldeiasinfantis.org.br

7. Fornecendo remédios para quem não pode comprar:
Recebe doação de remédios. Quem forneceu os contatos foi a Dra. Neide
(HRAN) 3325.4249
neide@linkexpress.com.br
8. Doando quimonos de judô usados:
Tranquillini. Ele dá aulas de judô para crianças carentes de 7 a 17 anos e recebe quimonos usados.
Tel: 3224.7728
e-mail: tranquillini@abordo.com.br

9. Doando potes de vidro e leite materno:
Seus potes de vidro usados podem ajudar a salvar vidas de muitos bebês (e seu leite também). Campanha de vidros para armazenar leite humano.
Berçário do Hospital Santa Helena. Acima de 30 vidros, eles buscam em casa.
Tel: 3215.0029
Vidros de maionese, nescafé ou qualquer outro com tampa de plástico.

10. Doando livros (qualquer tipo de literatura):
Açougue Cultural T-bone - Parada Cultural é um projeto de biblioteca popular desenvolvido em 36 pontos de ônibus da Avenida W3 Norte, 24h por dia. Diariamente são emprestados cerca de 2.000 livros. Para fazer
doações de livros basta deixá-los no Açougue T-Bone, das 8h às 19h.
http://www.t-bone.org.br/
Endereço: SCLN 312 Bl B Lj 27 Brasília-DF CEP 70.765-520
Tel: +55 (61) 3274.1665 +55 (61) 3274.1665
Aceitamos qualquer tipo de acervo, desde que esteja em bom estado de conservação.

11. Doando/vendendo livros e cd´s
Os livros que você não quer mais não devem ir para o lixo. Leve no COPE Espaço Cultural. Esta loja compra, vende e troca livros e cd's usados. Recebem livros abaixo da 5ª série e doam para escolas públicas.
3274.1017 CLN 409 Bl D lj 19/43 Asa Norte
3201.1017 SIA/Sul Conj. B lojas 418/420 Feira dos Importados

12. Ajudando os animais:
Adoção de animais abandonados e doação de remédios e alimentos.
ProAnima - Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal.
Entidade sem fins lucrativos
SCLN 116 - Bloco I - Loja 31 - Subsolo Ed. Cedro - Brasília - DF ? CEP
70553-790 Tel: (61)3032-3583 (61)3032-3583 e-mail: proanima@proanima.org.br

13. Ajudando o próximo
Se você é jovem e quer se juntar a outros jovens que estão fazendo algo pelo próximo, entre em contato com a ONG Sonhar Acordado Mateus
9963.9639 3468.3769
mateus@sonharacordado.com.br // http://www.sonharbrasilia.com.br/blog/
Voluntariado - passe um dia com uma criança carente.
Doação de roupas, calçados, alimentos, materiais de construção.
14. Doando roupas, alimentos, brinquedos, livros, móveis

Projeto "Sou comunidade consciente" e cooperativa de mulheres "Dona Moça", desenvolvido pela comunidade DNOS e pelo IGTB, sob coordenação da psicóloga Nayla Reis. Centro comunitário, com atividades para crianças, adolescentes e adultos, biblioteca, cursos para a comunidade.
Entrega de doações no Instituto de Gestalt-Terapia de Brasília- IGTB, aos cuidados da psicóloga e profa Nayla Reis, coordenadora do projeto.
SBN Qd. 02 Bl. J Lj. 01 - Térreo - Ed. Engº Paulo Maurício
Brasília - DF - Telefone: (61) 3965-5731
http://www.igtb.com.br/
______________________________________
A instituição número 5, marcada em rosa, é uma cooperativa de reciclagem que recebe todo tipo de doação (móveis, roupas, alimentos), não apenas eletros, inclusive aqueles com pequenos defeitos. As pessoas que integram esse grupo desenvolvem um trabalho muito bonito (vejam link)

Comitê de Eventos Brasília

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

USO DE PENICO COM BEBÊ: EDUCANDO PARA A AUTONOMIA



A educação é um processo contínuo ao longo da vida, ou seja, vai desde a geração até a morte do ser. Em todo tempo da nossa vida surgem fatos novos que temos que apreender e nos adaptar a cada realidade. No começo da vida, o papel de educar é quase sempre dos pais. São eles que ensinam a criança as formas de se comunicar, de se alimentar, de se vestir...

Pais conscientes sabem que devem educar nossos filhos para serem pessoas completas, autônomas e assim possam alcançar a tão sonhada felicidade. Por isso ensinamos nossos filhos a caminhar sozinho e até procurar se sustentar, SENDO RESPONSÁVEL PELA SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA. Cada ser vivo possui diferentes habilidades e maneiras de assimilar saberes, uns mais rapidamente, outros mais lentamente.

Com minha pequena Emília Poema estou no início dessa jornada, e uma interessante experiência que tive foi ver a capacidade de minha bebê que aos 2 meses, quando ela começou a ficar com a cabeça em pé, começou a usar o piniquinho. Muitos amigos só acreditam nessa peripécia quando vêem pessoalmente. Mas saibam, é fato e vou relatar com mais detalhes.

Ensiná-la a usar o penico para sair das fraldas tão cedo não era minha pretensão, isso foi algo que aconteceu meio que naturalmente. Primeiro porque percebi que desde os primeiros dias de nascida, quando a gente ia trocar a fralda dela, ela fazia suas necessidades assim que a gente desobstruía a saída tirando a fralda. As vezes era uma lambança só, merda pra todo lado, na parede e até no papai.

Comecei a perceber que quando ela queria fazer cocô, já dava seus sinais naturais: começava a soltar gases e fazer força, tipo se espremendo mesmo. Geralmente acontecia logo depois de uma mamada, quando há uma maior movimentação dos músculos intestinais e do diafragma. Imagino que isso acontece com todas as crianças, é só os pais ficarem atentos. Aí eu pensei, essa menina vai sair da fralda cedo, então tive a brilhante idéia de colocá-la no penico quando ela começasse a dar os sinais. Não deu em outra. Eu fico segurando ela sentadinha no penico e ela faz suas necessidades sem sujar nenhuma fralda. E pra incentivá-la a continuar eu a elogia sempre que ela usa o penico.

Com isso economizei no número de fraldas para lavar (a gente usa fraldas de pano). Ah, e eu tive outra vantagem, ela começou a chorar menos por causa dos gases que causam dores intestinais nos 3 primeiros meses, pois sem a obstrução da fralda, o bebê consegue soltar seus gases mais facilmente. Agora com 6 meses, a pequena ainda faz de vez em quando cocô na fralda, isso acontece geralmente quando a gente demora para prestar atenção em seus sinais, ou quando ela está com o intestino muito solto e não consegue esperar. Mas isso é raro. Às vezes ela chora quando a gente não leva ela pro penico.

Todo esse processo fica mais fácil quando estamos em casa, no ambiente e na rotina que ela está acostumada. Quando passeamos na casa de amigos que não tem penico a gente coloca ela no vaso e ela faz numa boa. Teve uma vez que estávamos visitando uma fazenda e ela deu sinal de que tava com muita vontade, ao 3 meses, e segurei ela acocada pra fazer cocô no mato mesmo, porque não dava tempo de ir ao banheiro.

É importante destacar que a educação tem um pouco de repetição e de condicionamento para acontecer. Começar a ensinar o bebê desde cedo a usar o penico tem outra vantagem que é pular uma etapa na aprendizagem da criança, pois ao invés de a gente associar a mente do bebê a fazer suas necessidades na fralda e depois ter o trabalho de ensinar pra ela que isso não é o certo e que ela tem que usar penico, a gente pula a fase da fralda e já usa o penico. Assim, ainda ajudamos o meio ambiente, com menos fraldas descartáveis ou lavadas.

Como historiadora e profunda estudiosa de práticas culturais de povos indígenas e tradicionais, e sobre os malefícios que o processo de industrialização que a nossa sociedade nos trouxe, cheguei a conclusão que muitas mães indígenas e de povos tradicionais não usam fraldas com nós por falta de acesso, e se adaptam a isso. Hoje, para escrever esse artigo, pesquisei sobre o tema e encontrei o seguinte depoimento:

"Entendo que muitas pessoas fiquem chocadas. Depois de décadas de escolhas convenientes para os pais e ruins para os filhos, parar de usar fralda é uma grande mudança cultural, um retrocesso.”
...
Existe até o movimento Diaper-Free que “é inspirado em mães de países da África e da Ásia que, sem outra opção, criavam as crianças sem fralda. Autora de dois dos três únicos livros sobre comunicação da eliminação nos Estados Unidos (" Infant Potty Training: A Gentle and Primeval Method Adapted to Modern Living" e "Infant Potty Basics: With or Without Diapers, the Natural Way"), Laurie Boucke é uma das pioneiras entre as mães americanas. Ela aprendeu o método com uma amiga indiana no início dos anos 80. "Eu usei o método convencional com meus dois filhos mais velhos, mas tive a oportunidade de fazer diferente com o caçula, que hoje tem 25 anos. Ele tinha três meses quando aprendi o infant potty training (treinamento de penico para bebê, nome que Laurie deu em seus livros para a comunicação da eliminação) e, depois disso, raramente precisou de fralda. Todo o processo foi ótimo e ele não teve qualquer problema psicológico. Mas, infelizmente, muitas mães na Ásia e em algumas partes da África estão começando a usar fraldas descartáveis, que agora são vendidas em qualquer esquina. Elas querem ser modernas, ocidentais", conta Laurie, que citou mães e bebês de tribos indígenas brasileiras em seu primeiro livro.”

Então fica aí a dica, basta paciência, e acho que essa deve ser a maior qualidade todo pai e mãe que ama seus filhos.

Copio aí alguns parágrafos do site que também defende o tema:

“Ignorar os sinais nos primeiros meses de vida pode significar mais trabalho depois, lá pelos dois anos, quando chega a hora definitiva de ensinar a usar o penico. Mas, para que as fraldas virem artigos dispensáveis na vida de um bebê recém-nascido, não basta prestar atenção aos sinais. A mãe precisa conhecer os horários do filho, estabelecer uma comunicação através de sons como "psss", seguir a intuição, ter o penico sempre à mão e jamais perder a paciência.”

“Uma pesquisa da Academia Americana de Pediatria – a AAP - mostrou que a idade de deixar a fralda mudou nos últimos 20 anos. Até os anos 80 do século passado, as crianças aprendiam a usar o penico antes dos dois anos. Agora, cerca de 60% ainda usam fralda aos três. Culpa da descartável, que vai até o número 6 (para crianças até 15kg), e dos livros de psicologia infantil, que defendem a idéia de que cada criança tem seu tempo. Os que seguem a linha freudiana alertam: pais que competem para tirar a fralda dos filhos mais cedo podem transformá-los em adultos desorganizados e destrutivos e os que punem os filhos durante o processo criam adultos ditadores e fechados.”

Espalhem a experiência para seus amigos.


Kelly Triacca
Mamãe da Emília Poema na foto.

Obs: Escrevei esse artigo a pedidos de amigas, que sugeriram um livro, mas acho que um livro é muito para falar de um tema tão curto.
Espero ter ajudado.


Fonte dos parágrafos copiados:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Wyz8ptj_pHgJ:manoeldiasbrazil.spaces.live.com/blog/cns!3657E47F95D68560!286.entry+beb%C3%AAs+ind%C3%ADgenas+fralda&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br

Curiosidades sobre os bebês na Antiguidade:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:snJ4RXJhqjoJ:babydez.com.br/%3Fcat%3D30+beb%C3%AAs+ind%C3%ADgenas+fralda&cd=16&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Educação e Cultura Alimentar


Educação e Cultura Alimentar
Na PRÉ–HISTÓRIA, quando o homem vivia de forma nômade, ele era essencialmente um caçador e coletava também algumas frutas e raízes para se alimentar. Há cerca de 500 mil anos, o homem começou a usar o fogo, o que mudou completamente a alimentação e os comportamentos sociais a ela relacionados. Quando o homem torna-se sedentário, (fixa-se em locais) começa a agricultura, a produção de alimentos e a domesticação de animais. Dá-se então o início da culinária (IDADE ANTIGA). Surge o pão (egípcios), o vinho, o mel, a cerveja. Na IDADE MODERNA (século XV até a Revolução Francesa, em 1789) houve grandes descobrimentos, Lavoisieur e Pasteur (evolução científica), transporte de diferentes alimentos para vários países, como o café que foi trazido do Oriente para a Europa e aparecem os Grandes chefs – La Verenne e Vatel. Na IDADE CONTEMPORÂNEA (da Rev. Francesa até os dias atuais) surgem os conservantes e outros aditivos alimentares, são observados os efeitos da industrialização sobre a população e o meio ambiente, a alteração nos hábitos alimentares (Fast food). Percebem-se mudanças significativas no modo de vida, na forma de se alimentar e nos próprios alimentos durante os tempos. Alere em latim significa “nutrir”, o alimento é, portanto, o que nutre, o que traz ao homem os elementos que o dispêndio da vida lhe fez perder. “Tudo que é capaz de reparar a perda das partes sólidas ou líquidas de nosso corpo merece o nome de alimento”, nos diz um dicionário do século XVII ”. Mas para que um alimento seja reconhecido como tal, ou seja, capaz de manter a vida, ele não deve somente possuir qualidades nutricionais – conter certa quantidade de nutrientes glicídios, de lipídios, proteínas – é preciso ainda que ele seja conhecido e/ou aceito como tal pelo comedor e pelo grupo social ao qual pertence. Conforme Chemin (2007), A importância da alimentação não pode considerar exclusivamente o aspecto nutricional, sendo necessário entre outros fatores considerar também a cultura alimentar. A escolha dos alimentos, sua preparação e consumo estão relacionados com a identidade cultural – são fatores desenvolvidos ao longo do tempo, que distinguem um grupo social de outro e que estão intimamente relacionados com a história, o ambiente e as exigências específicas impostas ao grupo social pela vida no dia-a-dia. As tradições alimentares peculiares de cada grupo têm importância no seu auto-reconhecimento e auto-estima, expressando ou afirmando determinado valor. Pensar em hábitos e padrões alimentares brasileiros é considerar os fatores de ordem geográfica (clima tropical e temperado – diversidade de alimentos) e sociológica (influências africanas, européias e indígenas). Um alimento deve possuir quatro qualidades fundamentais: nutricionais, organolépticas, higiênicas e simbólicas. Deve ser capaz de fornecer ao organismo, nas condições de equilíbrio mais ou menos satisfatórias: nutrientes energéticos (carboidratos, lipídios), nutrientes energéticos estruturais (proteínas) elementos minerais (macro e oligoelementos), vitaminas, água e ser isento de toxicidade. As características físicas dos produtos alimentares provocam sensações psicofisiológicas. Estas sensações exteroceptivas em primeiro lugar: visuais, olfativas, gustativas, táteis, térmicas e auditivas e proprioceptiva, como a maior ou menor resistência do alimento, ao nível dos músculos da mandíbula ou sua presença estomacal. Finalmente os alimentos provocam sensações gerais secundárias: sentimento tranqüilizante de barriga cheia, efeitos estimulantes da carne. Mas para ser um alimento, além destas três categorias de qualidades, um produto natural deve poder ser o objeto de projeções de significado por parte do comedor. “O homem é provavelmente um consumidor de símbolos quanto de nutrimentos ”. Além de mostrar sua cultura, quando prepara os alimentos, segundo Catherine Perlés (1979, p. 4, In: MACIEL, 2001) o homem propõe uma distinção entre o ato alimentar (no qual o homem não se distinguiria das outras espécies animais em relação à nutrição) e o ato culinário, próprio à espécie humana (o homem é o único a cozinhar e combinar ingredientes). O encadeamento dos atos alimentares: aquisição, transformação e consumo do alimento, é efetivamente um processo ao mesmo tempo partilhado com todos os animais e especificamente humano. Assim, a comensalidade, é o momento de reforçar a coesão do grupo, pois ao partilhar a comida partilham sensações, tornando-se uma experiência sensorial compartilhada (MACIEL, 2001). A população de baixa renda enfrenta falta de recursos financeiros para ter acesso a certos tipos de alimentos. Mas não é seu suposto desconhecimento que impede o consumo de produtos adequados e de baixo custo. De modo geral, há um vasto rol de informações circulando entre as famílias pobres. Mas elas enfrentam dificuldade em substituir hábitos solidamente implantados ou para adequá-los ao saber científico, pois esses hábitos fazem parte de um sistema, onde cada item ocupa um lugar que faz “sentido”, pois está integrado em um corpo de saberes. Torna-se difícil encaixar novas orientações porque as regras alimentares estão incorporadas na interioridade dos sujeitos e encapsuladas pelo aspecto afetivo e pelo prazer que proporcionam. O grande dilema de todos os profissionais da área de saúde que trabalham com essas questões é que eles se defrontam com a realidade cultural da população pobre, diversa daquela produzida pelo conhecimento científico, de que esses agentes são portadores. No entanto, a convivência entre códigos culturais conflitantes não ocorre apenas entre a população pobre, queixa comum dos profissionais da área. Está presente com toda força e intensidade no seio das camadas médias, que desfrutam de maior acesso ao conhecimento científico, em função de escolaridade mais elevada e de condições financeiras para se alimentarem de acordo com padrões considerados adequados.
Educação alimentar e nutricional
É “Um conjunto de estratégias sistematizadas para impulsionar a cultura e a valorização da alimentação, concebidas no reconhecimento da necessidade de respeitar, mas também de modificar, crenças, valores, atitudes, representações, práticas e relações sociais que se estabelecem em torno da alimentação, visando o acesso econômico e social de todos os cidadãos a uma alimentação quantitativa e qualitativamente adequada, que atenda aos objetivos de saúde, prazer e convívio social.” (Boog, 2004). A educação é a troca de informações e conhecimentos entre o educador e o educando, utilizando uma linguagem entendível, dentro de um ambiente que conduz ao aprendizado. A educação alimentar, se insere na educação em saúde, a qual tem por objetivo a formação de atitudes e práticas coerentes com a promoção e prevenção da saúde: andar a pé, não fumar, não ingerir drogas e álcool, praticar esportes e fazer exercícios ao ar livre, ter alimentação variada e adequada ao seu tipo físico, são comportamentos incentivados pela educação em saúde. A educação alimentar, por sua vez incentiva o consumo de alimentos simples, naturais, frutas, hortaliças e recomenda evitar doces, supérfluos, gorduras e alimentos muito condimentados. Para pensar em Educação Alimentar e Nutricional, precisamos entender também que ela deve ser encarada como um trabalho sistemático, contínuo, multidisciplinar e de natureza complementar a familiar que não se exclui nem se dispensam mutuamente. Neste aspecto, a escola tem também um papel fundamental na promoção da saúde, pois propicia um ambiente que contempla a aprendizagem e a relação com a comunidade.

Por: Sheila Pereira Rangel

Nutricionista, professora do Curso de Formação de Gestores para Cozinhas Comunitárias REDESAN 2009, organização e adaptação do texto.

Como escolher a informação?


Como escolher a informação? Em quem acreditar?


Um artigo do médico americano, Tim O’Shea, chama a atenção pela visão original que apresenta e que tem como referência o livro “Trust us, we’re experts”. Neste artigo, ele faz uma revisão sobre como a mídia pode estar determinando a forma que enxergamos o mundo. O assunto é de notável importância, principalmente dentro da ótica americana, mas com certeza, também nos diz respeito.


Pode parecer incrível, mas o hábito de fumar entre as mulheres americanas foi estimulado por médicos entre os anos 30 e 40. Artigos das revistas “Time” e “Life” daquela época ilustravam este apoio. Mais incrível: uma entidade de apoio à informação médica e científica referendou o uso de chumbo na gasolina. Mais de trinta milhões de toneladas de chumbo foram lançadas na atmosfera com o apoio técnico de quem, em tese, deveria defender a saúde do homem e do meio ambiente. Há um instituto americano que afirma que não existe efeito estufa, e que os EEUU não devem mesmo assinar o tratado de Kioto, pois tudo não passa de um “hoax” (embuste). Talvez mais da metade de todas as notícias do “Wall Street Post” não passe de matéria paga ou informe publicitário disfarçado de notícia. (Aliás, se a gente prestar atenção nas nossas revistas semanais mais em evidência, não parece ser 100%?)


Estes são alguns poucos exemplos de como a informação tem sido manipulada desde o século XX. O dr O’Shea chega a firmar que não existe um único pensamento ou comportamento que não esteja além do limite habilitado por quem tem o domínio do sistema. Mesmo pessoas “de vanguarda” que acham que fazem coisas que vão contra o “status quo”, ainda assim estão dentro dos limites do que é esperado.

Esta mágica de dominação tem o auxilio do inventor do “press realese”, Edward Bernays, o pai do marketing moderno. O grande lance deste “fabuloso” homem foi usar os princípios de conhecimento psicológico de seu famoso tio (Sigmund Freud) de modo reverso: ao invés de descobrir os conteúdos inconscientes e libertar o homem de seus sofrimentos recônditos, a psicologia do marketing é eficiente por aprisionar o indivíduo, escondendo a realidade e instigando as pessoas a crerem em ideais, conceitos e sentimentos que os habilita a serem consumidores. Mais do que isto: constrói um sistema de crenças corrompido no sentido de dar a certeza que o que sua sociedade lhe oferece é o melhor. Este processo tem seu ápice quando cada um de nós não consegue perceber que o processo está em pleno andamento (“o bom marketing é aquele que não é visível”). Na opinião de O’Shea, a garantia deste sistema jamais fracassar está baseada na maneira atual de educar e fornecer um entretenimento para as crianças. A estratégia em prática os deixará incapazes de vislumbrar esta manipulação. (Nos EEUU, os jovens não sabem ler romances clássicos, e tem os escores mínimos de aprovação rebaixados progressivamente – ninguém, roda, além disto elas são maciçamente medicadas com entorpecentes tais como ritalina e antidepressivos, e assim formarão uma população incapaz de questionar o mundo).


Bernays merece o título de gênio, não é à toa. Ele tinha seus princípios. No seu ponto de vista a democracia é muito boa para todos, e para manter todos dentro de uma sociedade democrática é melhor que seus pensamentos fiquem dentro de certos limites. Ele afirmava que: “a manipulação científica da opinião pública é necessária para superar o caos e o conflito em uma sociedade democrática...”


Ele montou uma infalível estratégia de validar os empreendimentos de grandes transnacionais (Monsanto, GM, Eli Lilly, Goodyear, Procter & Gamble, entre outras) usando o artifício do “Terceiro Independente”, criando um número incrível de fundações e institutos de suporte a estas empresas. São instituições de nomes pomposos e que soam convincentemente ao público em geral. Um exemplo, a Global Climate Coalition (ver site na Internet) que afirma que o efeito estufa é uma falácia, desta forma ampara a GM a não parar de produzir carros, e melhor, desobriga a empresa interessada em afirmar isto, já que ficaria óbvia demais a intenção da fabrica. Um instituto de pesquisa médica (Sloan-Kettering Memorial) chegou a afirmar por anos que o corpo humano era habilitado a se desintoxicar do chumbo, o que permitiu o uso deste metal venenoso no combustível até pouco tempo atrás.

A corrupção cognitiva vai mais além. Um autor chamado Peter Hubner sublinhou a redefinição de ciência. Até então ciência já seria um marco intransponível de qualidade, tal como um dogma religioso. Em 93, Huber cria o termo “junk science”. E assim a ciência, além do respeito sacerdotal inquisitivo que já dispunha, só merecerá boa reputação se der suporte ao desenvolvimento tecnológico e industrial. A pesquisa científica que corre o risco de nos mostrar que os caminhos antigos são os mais saudáveis será chamada de inútil (leia-se: ecologia e ciências afins). Neste sentido progresso social será medido, por exemplo, pela sofisticação dos telefones celulares e interferência técnica na produção de agros-negócios. Se nesta sociedade a maioria da população for miserável isto não terá a mínima importância. Bernays pregava que era fundamental tudo parecer científico para o povo mal informado. Ciência valida qualquer proposta de consumo. Assim a pesquisa científica passa a ser um “commodity” no mundo capitalista, e que a partir de então passa a validar premissas e não testá-las, como seria de se esperar frente aos mais elementares princípios do método científico, (podemos chamar de “capitalismo científico” cujos alvos principais são os medicamentos, os alimentos e tudo que pareça essencial no consumo de massas, afinal nada melhor do que adquirir o que é mais moderno em tecnologia, não?).


O texto de O’Shea mostra também o cuidado que merecem as palavras que vão para a audição da população (temas como transgênicos, câncer, vacinas, medicamentos, soja, etc). Relata também que, se necessário for, nada melhor do que implantar a confusão de informações. Tudo é válido para que verdades desagradáveis nunca fiquem plenamente visíveis.


Pelo jeito que a coisa anda, se Galileu e Copérnico tivessem que nos dizer que a Terra não é o centro do universo, seriam os “formadores de opinião” pública (talvez professores universitários ou a intelectualidade burguesa) que os mandaria para o esquecimento ou o inferno da ridicularização.


Em quem confiar? Não será fácil responder a esta pergunta. Mas não podemos nos esquecer que por mais de 140 mil anos vivemos sem os benefícios da sociedade de consumo. Pelo menos uma coisa a gente tem certeza: ela não é essencial. Se através desta sociedade se construísse um mundo sem fome e com menos doenças e sem guerras, talvez valesse a pena defender esta sociedade. Se isto não acontece, apesar de não faltar dinheiro, nem comida para toda a população da Terra, no mínimo deveríamos começar a fazer perguntas, mesmo que as respostas que vierem não agradem nossas crenças e os nossos ouvidos...

(José Carlos Brasil Peixoto, 08/12/04)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

DAS CAUSAS GERAIS DA MISÉRIA E SUA SUPERAÇÃO


Carta sobre as Causas da Miséria no Planeta Terra e sua Superação (Parte 1)


Artigos - Política, Economia e Sociologia
Escrito por Rogerounielo Rounielo de França
Ter, 03 de Agosto de 2010 06:26
Destinatários: seres humanos que comandam materialmente o planeta terra,
É com o amor de Deus, carinho, respeito ao seu trabalho, visando o bem da humanidade, que o universo lhes envia as energias materializadas nas palavras abaixo. Essas palavras, provindas do mesmo princípio inteligente que criou a tudo e a todos, e que guiam as forças da natureza, inclusive àquelas representadas pelas ações dos seres humanos na face da terra, poderão ser utilizadas a bem do seu continente ou de seus países, caso seja do seu desejo, sem identificação do meio utilizado para fazer essas considerações, pois o que importa não é o meio de origem, mas a transmissão da energia a todos no universo e no planeta para o melhoramento moral dos seres nesta e em outras dimensões.

DAS CAUSAS GERAIS DA MISÉRIA E SUA SUPERAÇÃO
Do Entendimento do que é a Miséria
No plano material planetário a pobreza pode ser entendida em vários sentidos, principalmente (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre):

a) Carência material: tipicamente envolvendo as necessidades da vida cotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais;

b) Falta de recursos econômicos: nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza, não

necessariamente apenas em termos monetários. As medições do nível econômico são baseadas em níveis de suficiência de recursos ou em "rendimento relativo". A União Européia, nomeadamente, identifica a pobreza em termos de "distância econômica" relativamente a 60% do rendimento mediano da sociedade;

c) Carência Social: como a exclusão social, a dependência e a incapacidade de participar na sociedade. Isto inclui a educação e a informação. As relações sociais são elementos chave para compreender a pobreza pelas organizações internacionais, as quais consideram o problema da pobreza para lá da economia;

d) CARÊNCIA ENERGÉTICA: FALTA DE ENERGIA PARA MUDAR O QUE PODE SER MUDADO, POIS O IMPOSSÍVEL ESTÁ DENTRO DA MENTE DE CADA SER HUMANO. SÓ RETIRANDO AS AMARRAS DA MENTE E SUPERANDO A INDIVIDUALIDADE EGOÍSTA QUE IMPEDEM O DESENVOLVIMENTO DA ESPIRITUALIDADE E DA SOLIDARIEDADE, É QUE A HUMANIDADE EVOLUIRÁ.

Definido o objeto das breves ponderações a seguir sobre as causas da miséria e sua superação passa-se, na seqüência, a delinear o conjunto de fatores materiais e imateriais que levam o ser humano à miséria, com o registro de que todas essas causas atuando ao mesmo tempo e em conjunto, geram a miséria ao longo do tempo e criam um ciclo vicioso que, aparentemente, não pode ser rompido. Partiremos dos mais altos valores universais para o microcosmo material planetário onde vive o ser humano, mantendo a visão unitária de que tudo e todos são partes de uma coisa só, o universo, e de que sois guiados pelas leis eternas da natureza criada por Deus.

O homem é a causa principal da miséria. Por quê? Antes de respondermos a essa pergunta, é preciso falar rapidamente sobre as energias cósmicas que comandam a vida material e imaterial, para que se possa compreender como essas energias invisíveis influenciam a realidade material dos seres humanos na face da terra. O universo, para fins de análise didática, pode ser decomposto pela nossa percepção em três tipos de energia, cuja demonstração da veracidade dessa afirmação pode ser feita por qualquer um, mediante simples observação à sua volta:

a) a energia material comum a todos os seres orgânicos e inorgânicos e que independe da inteligência e do pensamento para estar presente em todos os corpos do universo, já que é a base sobre a qual tudo e todos foram feitos;

b) a energia inteligente que gera a inteligência e o pensamento, faculdades próprias de certas espécies orgânicas. Este nível energético resulta da concentração da energia material e da energia inteligente;

c) a energia moral, resultado da aglutinação da energia material, da energia inteligente e do senso moral. O homem, além de ser dotado de inteligência e pensamento como uma espécie orgânica que é, também é dotado de senso moral, o que lhe faz superior às demais espécies orgânicas, e apto a produzir no universo e no planeta terra onde habita todas as transformações que estiverem ao alcance da amplitude da sua visão espiritual, sem que a produção dessas transformações esteja aqui associada a qualquer tipo de adjetivo, ou seja, a energia moral pode ser direcionada coletivamente para o bem ou para o mal da humanidade.

Por causa da energia moral é que os seres humanos, diferentemente do que ocorre com os animais, pode evoluir com o passar do tempo e direcioná-la para o bem da humanidade. Para que o planeta terra evolua espiritualmente é necessário que cada ser humano, individualmente falando, evolua espiritualmente. É da evolução das partes que se obtém a evolução do todo.

As causas da pobreza e da miséria decorrem da baixa espiritualidade e falta de solidariedade dos seres humanos. Contudo, não vai nesta afirmação nenhum sentido de atribuir ao ser humano, por princípio e por premissa, culpa inata por se apresentarem dessa forma tão limitados espiritualmente falando, pois Deus criou o homem simples e ignorante, mas lhe deu o livre arbítrio para escolher entre agir de acordo com as tendências do bem ou do mal, partes das leis universais, na sua longa caminhada para dele se aproximar por meio do seu contínuo melhoramento moral.

É preciso considerar que a espiritualidade e a solidariedade são energias cósmicas que estão sendo introduzidas aos poucos no planeta terra e aproximam o ser humano de Deus. Tal qual a criança que está a aprender as primeiras letras, o ser humano não conseguiria, sem um longo

processo evolutivo de melhoramento, formular pensamentos abstratos complexos em que se enquadram a elevação espiritual e a solidariedade, pois essas energias só florescem em terreno apropriado para se instalarem material, elétrica e magneticamente na mente, formando a consciência imaterial que nos liga com as forças do universo por meio da vibração dos nossos pensamentos.

Apesar de existir muita luz universal à volta dos seres humanos e dentro deles mesmos, os olhos das suas almas ainda não conseguem vê-la com clareza e por completo, em função das suas impurezas morais que impedem essa visão por falta de elevação espiritual para ver essa luz, sendo que os níveis de visão ainda são bastante variados, mas já é possível notar número crescente de seres humanos mais iluminados a cada dia vivendo na face da terra.

A luz universal, criada por obra divina, está à vossa volta. Contudo, ela pode deixar de atingir o espírito dos seres humanos para impulsioná-los ao melhoramento contínuo por vários motivos. O meio físico, a mente, por exemplo, pode apresentar algum defeito material que impede a perfeita manifestação do princípio inteligente que anima o corpo físico, por impedir a atuação harmônica das variáveis físicas, elétricas e eletromagnéticas que, atuando em conjunto, criarão a consciência capaz de se conectar com o cosmo.

A mente pode não apresentar nenhum defeito físico, mas o ser humano, por uma característica intrínseca ao seu espírito, por obra do seu livre arbítrio, não quer evoluir moralmente, optando por sofrer. Neste caso, nada há a fazer.

No planeta terra a luz cósmica chega às grandes massas de seres humanos e essas não apresentam nenhum defeito material na mente coletiva a impedir a perfeita manifestação do princípio inteligente que anima o corpo físico ou tão pouco há algo a impedir a atuação harmônica das variáveis físicas, elétricas e eletromagnéticas que, atuando em conjunto, criarão a consciência coletiva capaz de conectá-la com o cosmo, fazendo as massas humanas evoluírem moralmente.

Por que razão o desenvolvimento espiritual da humanidade acontece a passos tão lentos, se cada ser humano já apresenta as condições apropriadas para se desenvolver espiritualmente?

Para responder a essa indagação é preciso lembrar que o homem, por obra divina, nasce simples e ignorante e que no plano em que vos encontrais o desenvolvimento espiritual só pode ocorrer por obras materiais direcionadas para criar as condições necessárias para que o espírito humano possa se desenvolver pouco a pouco ao longo da sua existência, alcançando paulatinamente níveis mais elevados de elevação espiritual, se cada um assim o desejar por obra do seu livre arbítrio.

Eis a causa de o ser humano ser a origem da pobreza e da miséria, ou seja, os seres humanos que comandam materialmente o planeta, e não são bilhões, mas algumas centenas de milhares, baseiam suas ações em energias egoístas, não solidárias e não benéficas, que negam aos bilhões de seres humanos cujos destinos comandam o direcionamento das suas ações materiais para criar as condições necessárias para que a consciência de cada um, que os liga com as forças cósmicas, possa se desenvolver, impedindo que a humanidade como um todo e cada um individualmente alcancem, paulatinamente, níveis espirituais mais elevados.

Da falta de expansão da consciência dos seres humanos sobre a grandiosidade do universo e do relevante papel que cada ser humano representa, ainda que individualmente, na formação da consciência planetária e cósmica, decorre a origem dos vossos mais profundos problemas.

É chegada a hora de o ser humano dar esse salto espiritual, já que nessa era já estão preparados para serem agentes de uma grande mudança na evolução espiritual da humanidade.

DAS CAUSAS ESPECÍFICAS DA MISÉRIA E SUA SUPERAÇÃO
Falta de Visão e Aceitação pelo Ser Humano do Mundo Invisível aos Seus Olhos Materiais

Falta de Integridade do Senso Moral do Ser Humano para Materializar Valores Cósmicos

As almas e as mentes no planeta terra ainda estão turvas quanto à existência concomitante do mundo material e do mundo cósmico invisível.

Ao longo do vosso processo evolutivo no planeta terra separam-se, em vossas mentes, a matéria visível aos vossos olhos da energia cósmica invisível a esses mesmos olhos, utilizando sua ciência, razão, pensamento, palavras, política, interesses etc.

O mundo foi decomposto por vós para melhor o compreendê-lo e dominá-lo, dado o estágio então reinante do vosso desenvolvimento espiritual. A visão material e a matéria ainda comandam a razão que determinam vossas ações no planeta terra e a razão é guiada pela ciência, atualmente.

O mundo cósmico invisível ficou por conta das religiões e está longe do conhecimento da maior parte dos seres humanos, já que apenas cientistas, grosso modo, detêm conhecimento mais profundo sobre o mundo universal invisível, um dos lados da moeda chamada universo.

Ciência e religião, aspectos unitários dessa moeda cósmica, como cara e coroa, ainda não se encontraram, mas se encontrarão em pouco tempo. Os seres humanos, na sua generalidade, negam, por princípio, tudo o que não pode ser explicado pela ciência, mas já sabem que a ciência é uma ferramenta bastante limitada, por enquanto. No passado, muitos diziam que a terra era plana e não redonda, pois se fosse redonda a água do mar cairia no vazio do espaço. Os espíritos evoluídos diziam, em função da sua intuição cósmica, que a terra era redonda. No final, a ciência provou que a razão estava com estes últimos. A descoberta da gravidade, força cósmica que deu razão aos espíritos evoluídos de que a terra era redonda e não plana, abriu imensos novos horizontes para a humanidade.

A força da gravidade sempre esteve presente no seu dia a dia e foi um dos elementos responsáveis pela formação das galáxias, do sistema solar e do planeta terra, mas milhões de seres humanos pelo planeta não a percebiam. Foi descoberta pela observação de uma maçã que caía de uma árvore. Impressionante a simplicidade universal de revelar aos homens um dos seus segredos mais íntimos.

O homem não está nem perto de desvendar a existência de todas as forças cósmicas que o cercam e governam, mas seu desenvolvimento tecnológico, acumulação de conhecimentos e alargamento da visão cósmica o aproximará, cada vez mais, das forças universais e de alguns poucos de seus infinitos segredos.

Contudo, a humanidade deve cuidar para que esse impulso proveniente do desenvolvimento tecnológico e da acumulação de conhecimento esteja acompanhado, ao mesmo tempo, do seu desenvolvimento espiritual planetário, pois as leis do universo não vos permitirão perturbar o equilíbrio do todo por causa do mau uso que poderíeis fazer dos segredos universais a que terão acesso pouco a pouco, mau uso esse que pode ser provocado por vossa limitação espiritual.

Vamos ver como o universo vai se descortinando pouco a pouco à humanidade por obra bastante lenta não da ciência, mas dos seres humanos que guiam a ciência, que avançará em escala exponencial nos próximos cinqüenta anos. Citemos a Teoria das Cordas como uma das forças científicas que vão aproximar ciência e religião.

Antes de conhecermos essa teoria, é importante registrar que o fundamental não é compreendê-la a fundo por intermédio das poucas palavras superficiais que a respeito dela serão escritas a seguir, mas fixar como verdade absoluta, já que provada pela ciência terrestre que guia vossa razão, de que existe um mundo invisível aos olhos materiais da humanidade.

O crescente cabedal de conhecimento está levando o ser humano, gradativamente, à unificação do conceito do universo pela elevação do seu espírito para novas compreensões de si próprio e de qual é o seu verdadeiro lugar e função na criação divina.

Passemos, então, à descrição da Teoria das Cordas. Antes, pensava-se que as partículas ocupavam um ponto individual no espaço. Porém, na Teoria das Cordas, as partículas são interpretadas como um modo de vibração de cordas unidimensionais.

Os novos princípios matemáticos utilizados na Teoria das Cordas permitem aos físicos afirmar que o vosso universo possui onze dimensões: três espaciais (altura, largura e comprimento), uma temporal (tempo) e sete dimensões recurvadas, sendo a estas atribuídas outras propriedades como massa e carga elétrica, por exemplo, o que explicaria as características das forças fundamentais da natureza.

O estudo da chamada Teoria das Cordas foi iniciado na década de 60 e teve a participação de vários físicos para sua elaboração. Essa teoria propõe unificar toda a física e unir a Teoria da Relatividade e a Teoria Quântica numa única estrutura matemática. Embora não esteja totalmente consolidada, a Teoria das Cordas mostra sinais promissores de sua plausibilidade.

Os seres humanos não vislumbram com seus olhos essas dimensões extras porque elas estão estendidas e enroladas em um espaço menor que o Comprimento de Planck. Sua observação é impossível, já que o Comprimento de Planck é um espaço de 1,6 (um vírgula seis) vezes 10 (dez) elevado a menos 35 m, ou seja, 0,000000000000000000000000000000000016 m e corresponde à distância que a luz percorre durante uma determinada unidade de medida (tempo de Planck).

O comprimento de Planck desempenha uma função importante na física moderna, pois para comprimentos inferiores a este, tanto a mecânica quântica, como a relatividade geral deixam de conseguir descrever os comportamentos de particulas. Espaços inferiores ao Comprimento de Planck têm sido alvo de exaustiva investigação na busca de uma teoria unificadora da relatividade com a mecânica quântica.

A Teoria das Cordas têm também levado a novas descobertas na Teoria da Supersimetria que poderão ser testadas experimentalmente pelo Grande Colisor de Hádrons. O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) já é o acelerador de partículas de energia mais alta do mundo, depois que feixes de prótons circularam na manhã de 30.11.2009, uma segunda-feira, a 1,18 tera eletronvolts (TeV), conforme informou o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês).

O número bate o recorde mundial anterior de 0,98 Tev, alcançado pelo Colisor Tevatron do Fermi National Accelerator Laboratory, nos Estados Unidos. “Este evento constitui um importante marco no caminho rumo ao programa de física do LHC em 2010″, no qual se chegará até os 7 TeV (3,5 TeV por feixe)”, segundo uma nota do centro de pesquisa desse colisor.

“Continuamos nos adaptando sobre como está sendo simples o manejo do LHC”, declarou o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, que, no entanto, se mostrou prudente ao afirmar que “seguimos passo a passo, ainda há muito a ser feito antes de começar a física em 2010″. A próxima meta é aumentar a intensidade dos feixes até o Natal antes de extrair maiores quantidades de dados das colisões.

Para isso, o Cern deve garantir que uma maior velocidade dos feixes possa ser manuseada de maneira segura e que seja possível assegurar condições estáveis para os experimentos durante as colisões, o que se espera que leve cerca de uma semana. Aqui é importante realçar o termo “uma semana”, ou seja, as mudanças já de algum tempo ocorrem a uma velocidade cada vez maior e a um intervalo de tempo cada vez menor.

Essa teoria deu origem ao conceito das p-branas, que são objetos estendidos em “p” dimensões. Uma brana com p=1 é uma corda, uma brana com p=2 é uma membrana, uma brana com p=3 possui três dimensões estendidas, etc.

Valores maiores que “p” só são possíveis em um espaço-tempo com 11 (onze) dimensões. Na maioria ou em todos os casos, as dimensões “p” são curvadas para cima como uma rosca. Antes, existiam cinco diferentes Teorias das Cordas, porém hoje se sabe que elas são diferentes interpretações de uma única teoria, a Teoria-M. Há outros mistérios que a maioria dos seres humanos ainda não conhece por falta de acesso às informações, alguns que imaginam conhecer e outros que simplesmente são ignorados. Por exemplo, a matéria escura não emite e nem reflete a luz. É detectada só por meio de efeitos gravitacionais.

A matéria escura foi descoberta pela observação das galáxias, que parecem ter muito mais massa do que àquela que emite luz. A matéria escura constituiu 22% (vinte e dois por cento) do conteúdo do universo, segundo os cientistas.

A matéria comum está presente em 4% (quatro por cento) do universo. A matéria escura em 22% (vinte e dois por cento) e a energia escura em 74% (setenta e quatro por cento). Em cosmologia, a energia escura ou energia negra é uma forma hipotética de energia que estaria distribuída por todo o espaço e tende a acelerar a expansão do universo. Será que é mesmo apenas uma hipótese? Por que razão o universo nos permitiu, então, vislumbrarmos essa hipótese?

Para o universo se expandir deve haver uma força que se oponha à gravidade, senão o universo não se expandiria correto? A energia escura é uma força em equilíbrio com o todo, pois há partes do universo, sujeitas à ação da gravidade que, apesar da força da energia escura, não estão se expandindo. Você, por exemplo, está vendo o seu braço se expandindo neste momento?

A principal característica da energia escura é ter uma forte pressão negativa. De acordo com a teoria da relatividade, o efeito de tal pressão negativa seria semelhante, qualitativamente, a uma força que age em larga escala em oposição à gravidade.

Vide aqui a ação das forças contrárias e concomitantes. Nesta dimensão em que o ser humano está, o existir baseia-se na matéria e na anti-matéria atuando concomitantemente, mas também ainda não as compreendem com clareza.

Tal efeito hipotético da energia escura é freqüentemente utilizado por diversas teorias atuais que tentam explicar as observações que apontam para um universo em expansão acelerada.

É surpreendente para muitos seres humanos, orgulhosos do seu saber limitado, que 74% (setenta e quatro por cento) do universo onde existe materialmente falando é constituído de energias que desconhecem. Sentem, apenas, que elas existem, mas ainda não as aceitam como verdade absoluta pela sua razão, mas essa atitude é perfeitamente compreensível.

Como a razão é guiada pela ciência e a ciência ainda vacila no domínio matemático dessas energias, como a energia negra, por exemplo, o espírito humano ainda pensa que não existe um mundo invisível aos seus olhos materiais, mundo imaterial que é muito maior do que o mundo material visível a esses seus mesmos olhos, tendo em vista que ainda não estão espiritualmente preparados para aceitar determinadas verdades irrefutáveis, mas as últimas barreiras que colocam para não ver a verdade cósmica em breve cairão. A ciência diz que o universo onde os seres humanos vivem pode ser uma brana imersa em dez dimensões. Contudo, quem pode garantir que não existem outras branas associadas a outros universos e, portanto, pode ser que haja infinitos universos paralelos, se isso for verdade, e não estamos dizendo que é verdade ou não é verdade. Há muitos segredos que o ser humano ainda vai descobrir. Por isso, ciência e religião vão se encontrar em muito pouco tempo.

Muitos afirmam que Deus é a matéria total ou é a energia e a matéria total ao mesmo tempo. Em essência, Deus é imaterial. Não se pode confundir a obra com o seu criador. Dizer que Deus, a matéria, os diversos mundos, as diversas dimensões, os diversos universos paralelos e os espíritos são a mesma coisa, seria o mesmo que dizer que a pintura e o pintor são a mesma coisa. Deus é só pensamento? Será que, por isso, pode criar o que quiser instantaneamente? Para o pensamento não há distância e não há coisas impossíveis, mas essa ainda é uma questão para a qual o ser humano ainda não está preparado espiritualmente para compreender.

Creia que o pensamento pode ligar os seres humanos com Deus. Não tenham nenhuma dúvida de que o pensamento realmente pode ligar os seres humanos a Deus. Muitos paradigmas ainda serão quebrados. Poderes terrenos terão que ser substituídos para se adaptarem às novas realidades universais que passarão a fazer parte da consciência humana “planetarizada” e “universalizada”, modificações da compreensão que avançam rapidamente.

O avanço da construção universal em andamento, ao qual nenhum ser humano pode se opor, exige uma nova forma de pensar pautada pelo amor do universo, dada a ampliação exponencial das repercussões não benéficas que podem ser provocadas por falta de desenvolvimento espiritual em terreno tão fértil.

A baixa espiritualidade dos seres humanos que habitam materialmente a face do planeta terra, nesse terreno novo e fértil propiciado pela unificação desse planeta, de seus sistemas, língua, modo de vida, compreensão de que o universo é um todo indivisível e do qual todos os seres humanos fazem parte etc., seria como derramar veneno na água límpida e pura.

Esse amor do universo só poderá começar a se expressar em escala planetária na vida material, etapa necessária para novos saltos de desenvolvimento espiritual, desde que o ser humano o incorpore nas suas ações para consigo mesmo e para com os outros seres humanos. A falta de integridade entre o senso moral elevado e as ações do ser humano para materializar esses valores cósmicos no processo de desenvolvimento do planeta terra, apesar das adversidades da vida, é outro dos grandes fatores que ainda estão atrasando o desenvolvimento da humanidade e é causa profunda da miséria e da pobreza, pois os leva a não agir para concretizar valores morais, humanos e humanitários elevados, quando deveriam agir para retirar os obstáculos que impedem a disseminação dessas energias benéficas, ou a agir egoisticamente a benefício próprio, ignorando que isso contraria as leis cósmicas do dever de solidariedade para com o próximo, já que na sua curta existência acabam atrapalhando a velocidade do desenvolvimento da humanidade sem nenhum proveito prático existencial, pois em escala cósmica surgem e são transformados em novas formas de energia em poucos milissegundos.

O universo os presenteou com as atitudes de Nelson Mandela, cuja energia fica imortalizada no poema “Invictus”, abaixo transcrito, que o acompanhou durante o período em que esteve preso, inspirador de suas ações, que encerra muito bem o que queremos dizer com integridade do senso moral. Agir de acordo com o senso moral cósmico, como fez Nelson Mandela, é praticar o amor de Deus para consigo mesmo, mantendo a alma íntegra, apesar das adversidades da vida.

É uma lição humanitária que não foi criada na abstração da mente e dos livros, mas foi forjada na dura realidade da vida. Por isso, é um exemplo de ideal de vida, vivido na prática, mais do que valioso para todos os seres humanos da terra, e um exemplo a ser sempre lembrado e seguido.



Invictus
Noite à fora que me cobre

Negra como um breu de ponta a ponta,

Eu agradeço, seja quais forem os deuses

Por minha alma inconquistável.

Nas cruéis garras da circunstância

Eu não fiz cara feia ou sequer gritei.

Sob as pauladas da sorte

Minha cabeça está sangrenta, mas não abaixada.

Além deste lugar de raiva e lágrimas

É iminente o horror da escuridão,

E ainda o avançar dos anos

Encontra, e deve me encontrar, sem medo

Não importa o quão estreito seja o portão,

O quão carregado com castigos esteja o pergaminho,

Eu sou o mestre de meu destino;

Eu sou o capitão de minha alma.



Para que o ser humano possa colaborar materialmente com o universo na edificação da sua obra cósmica é preciso que ele conte, dentre outros elementos, com três elementos mínimos, quais sejam:

a) o objetivo do trabalho planetário ao qual ele é convidado a colaborar, ou seja, há que se iluminar o caminho de forma que essa luz se irradie para todos os cantos do planeta, para todas as mentes e consciências;

b) os meios que serão colocados à sua disposição para realização desse trabalho;

c) as ações que deverá empreender ao longo do tempo para atingir o objetivo visado, mediante a utilização dos meios colocados à sua disposição.

Objetivo do Trabalho Planetário - Da Luz da Vela na Escuridão da Consciência Humana

As palavras abaixo, sem a pretensão de se constituírem na luz do universo, podem ser consideradas a luz da vela para iluminar, em parte, diríamos uma pequena parte, da escuridão da consciência humana, no longo caminho que os seres humanos têm que percorrer para conquistar a humanidade por meio da sua evolução espiritual:


Fonte:
http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1373:carta-sobre-as-causas-da-miseria-no-planeta-terra-e-sua-superacao-parte-1&catid=37:poleconsocio&Itemid=184

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

BANDA COVER NO BRASIL - O ROCK ALIENANTE




É de conhecimento que o rock surgiu nas culturas anglo-saxãs (Inglaterra, EUA, ...) como estilo musical de protesto aos costumes e sistema vigentes. Dentro desse contexto não há que se falar em alienação cultural.
E para falar nesse termo (alienação cultural), convém destacar que ele se remete ao sentido de “alien” mesmo, aquilo que é de fora, exógeno, que está fora da realidade e contexto cultural. E a esse papel servem de exemplo claro os grupos covers de bandas internacionais de grande sucesso e público de massa.
Destaca-se que a música, como expressão musical dos seres humanos, muda suas manifestações de acordo com cada época e contexto sócio-cultural. De forma que quando um povo deixa de produzir e reproduzir aquilo que lhe é próprio para copiar e reproduzir algo exógeno, passa pelo processo de alienação cultural, também denominada de aculturação.
No caso do Brasil, isso se agrava quando a cópia é de músicas com letras em inglês num país em que a população mal sabe se manifestar e entender claramente a própria língua. Infelizmente vejo muitas crianças e jovens balbuciando letras de músicas que não tem a mínima noção do que quer dizer.
A música é uma das manifestações artísticas do ser humano, e, como tal, sua tarefa primordial deve ser a de participar consciente e ativamente para fazer os ouvintes refletirem sobre a realidade que nos envolve. No entanto, o músico como artista só pode fazer isso quando conhece o contexto social e cultural em que vive, quando encarna em suas músicas o sentido e os dramas da vida.
Como exemplo desses músicos brasileiros podemos citar João do Vale, Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Cordel do Fogo Encantado e muitos outros músicos que seguiram ou estão seguindo a via-sacra da produção autoral e que não abrem mão da qualidade e da singularidade de seus trabalhos. Os músicos do rock nacional também tem bons exemplos, pois souberam pegar a idéia da rebeldia e da musicalidade falando da nossa realidade, sem perder a musicalidade Brasiléia, como é o caso de Cazuza, Renato Russo, Cássia Eller, Mutantes, Secos e Molhados, Novos Baianos, dentre outros.
Esse tipo de produção musical, ou seja, a independente, é difícil sim, ela requer sacrifícios físicos, psicológicos e financeiros. Mas no final a compensação é boa, pois é o que fica registrado na memória dos que ouviram e é o que fica gravado pra história como manifestação cultural de um indivíduo criativo.
Já os indivíduos plagiadores, os de bandas covers (como The Doors, Beatles, e outros) que tocam músicas de bandas de grande sucesso, principalmente de bandas escolhidas pela mídia e preferidas pela grande massa, podem até colher rapidamente os frutos de seu trabalho, pois para angariar aplausos e admirações de tietes e de seu público alienado, eles trilham o caminho mais fácil e acabam por fomentar a alienação de nosso povo que já sofre muito com isso desde tempos remotos da colonização.
É importante lembrar que músicos que tem música própria acabam tocando cover porque o público só quer saber de rock clássico mesmo, mas lembremos que esse é o caminho curto, que tem seus limites, já que a banda cover não tem possibilidade de crescer no mundo musical, pois seu campo de atuação é apenas a cópia, e cópia por cópia, se for pra tocar igualzinho, então aperta o play, ou então que toquem músicas de sucesso que falem nossa língua, de nossa cultura, de nossa realidade.
Enfim, gosto e admiro muito mais de bandas que tocam suas músicas!!! Por que "copiar é fácil, criar é que é difícil".
Sei que isso é pesado para alguns, e sei também que não sou a dona da verdade, mas é isso o que eu acho depois de estudar tanto sobre história, cultura, sociedade e arte.

Fonte de inspiração:
A PRODUÇÃO INDEPENDENTE NO NORTE DE MINAS É UMA DAS MAIS TALENTOSAS DO BRASIL.
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:hifOZN2hM1AJ:www.overmundo.com.br/overblog/independencia-e-musica+aliena%C3%A7%C3%A3o+cultural+de+bandas+covers+no+brasil&cd=10&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br