sexta-feira, 21 de junho de 2013

BRASIL: É TEMPO DE MUDANÇA.




Muitos ainda não entendem porque as manifestações no Brasil são apartidárias. Para entender isso é preciso lembrar que os partidos perderam sua ética, pelo fato de a maioria agregar pessoas que nada defendem os princípios dos partidos, eles foram perdendo credibilidade. Sem bandeiras, pois os princípios basilares da ética devem ser defendidos por todos, independente de partido. Nossa luta não mais a favor deste ou daquele partido ou candidato. Nossa luta é por uma reforma política profunda, e que deve ser baseada numa reforma interna de cada um.

É importante lembrar que todos os motivos que estão nas manifestações (crise nos transportes, saúde, educação...) são problemas causados pela centralização política que concentra poder e recursos nas mãos de poucos e permite mais corrupção, causando então sultuosos desvios de recursos públicos de questões básicas para gastos supérfluos como futebol. Portanto, precisamos fundamentalmente focar na reforma política estruturante, nosso objetivo comum não é somente lutar contra algumas pessoas que estão no poder e que praticam corrupção, isso não vai mudar muita coisa, além de fazer isso, precisamos principalmente mudar a estrutura de poder centralizadora que permite mais corrupção e faz com que a saúde, a educação, o transporte ... fiquem sucateados. Precisamos de uma estrutura de poder descentralizada com gestação participativa local com base em semelhanças de cultura e bioma. Isso também vai corroborar para a autonomia dos povos indígenas.

Num país de dimensões continentais temos diversos Biomas, como o CERRADO, A CAATINGA, O PAMPA, etc. Cada um desses oferece tipos específicos de alimentos, remédios e pussui seu próprio ciclo de chuva e estiagem, ou seja, as épocas de plantio e colheita não são iguais em todo o país, assim como a oferta de diferentes tipos de alimentos. A CULTURA DA MONOCULTURA forjada pelo ESTADO NACIONAL e seus MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA procura tornar igual o modo de se alimentar e educar de todo o país, com iguais calendários escolares, período de férias, assim como conteúdo, veja por ex. o ENEM.

Isso é prejudicial à valorização da IDENTIDADE CULTURAL LOCAL, assim como é prejudicial ao BIOMA LOCAL, uma vez que todos acabam consumindo produtos alimentares similares, o que por sua vez faz com que tenha que se produzir os mesmos produtos para atender tal demanda: trigo, soja, milho, carne de frango e gado. O que exige mais intervenção artificial, uso de agrotóxicos e trânsgenicos. As culturais nativas e tradicionais vão ficando de lado, os mestres com seus saberes ancestrais do que comer e cultivar vão sendo desvalorizados em prol de uma cultura exógena e MONOCULTURA.

Por isso tudo, sabemos que valorizar a diversidade cultural é também valorizar a diversidade biológica, só assim a humanidade vai sobreviver às crises ambientaiis. Também sabemos que em cada macrobioma brsileiro existem diferentes tipos de povos e culturas, com lideranças locais, muitas das quais tem suas fronteiras semelhantes às dos municípios. DESCENTRALIZAR a nossa política em pequenos territórios com semelhanças de CULTURA e BIOMA vai colaborar por uma política mais simples, mais inteligível pela grande população, ou seja, permitindo mais controle social e menos corrupção, até porque os recursos públicos não serão sultuosos como na FEDERAÇÃO.

Numa transição pacífica para este novo modelo, em que inclusive os POVOS INDÍGENAS TERÃO AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA para se autogerirem, o Brasil vai passar a ter status de um MERCOSUL por ex., e os recursos produzidos nesses microterritórios serão geridos ali mesmo, por Conselhos ELEITOS DEMOCRATICAMENTE por seus pares.
As prioridades em que investir ou não serão decididos ali, e não em gabinetes no ar condicionado do PLANALTO CENTRAL por gestores públicos que sequer conhecem as necessidades da população no interior do país.

Assim, os recursos públicos atenderão as necessidades reais da população. Todos estes problemas que vemos como EDUCAÇÃO, TRANSPORTE, SAÚDE.... são causados pela estrutura vigente que CONCENTRA PODER nas mão de poucos e permite muito desvio de recursos, inclusive para fiscalizar demais.

O sistema estatal de hoje já não atende. A população enfim percebeu que precisamos de reforma íntima, de excesso de ego, de egoísmo, de querer ter ou ser mais e melhor que o outro, a ponto de fazer coisas antiéticas, esse é o cerne da questão, o EGO, que que controlar, concentrar e ser melhor que o outro, e por isso sente a necessidade de ir lá salvar, de tirar o outro de sua miséria, de seu subdesenvolvimento, e tornar o outro tão desenvolvido quanto EU SOU.

Isso acontece desde há muito, quando jesuítas queriam salvar os índios de seu “paganismo”, quando a civilização ocidental européia com seu EGOcentrismo/ ETNOcentrismo, vem com seus conceitos, seus valores culturais arraigados de EGO e impõe sua noção de civilizado desenvolvido ao OUTRO, o índio, o negro: impõe seu modo de educar, do que é preciso saber, do que comer, como vestir, como falar, como deve ser o banheiro, os utensílios da cozinha, de gerir e administrar a população.

O tempo se passou, e este discurso foi tomando ares de paternalismo, de um ESTADO PROTETOR e PADRONIZADOR, que, na pretensão de SALVAR o povo de sua miséria, concentra poder e recursos nas mãos de poucos dirigentes. E este excesso de concentração, acaba por falhar, por não conseguir atender os anseios de uma população tão grande, tão diversa, situada num espaço territorial de dimensão continental e com uma diversidade biológica imensa, o qual oferece diferentes tipos de bioma, estações do ano, tempo de colheita, tempo de plantio de colheita, e quando a gente colhe com fartura a gente faz festa, comemora.

Todo esse paradigma do EGO trouxe as diversas crises que estamos passando, crise social, política, cultural, econômica e ambiental. Assim como os indígenas foram e são massacrados, a natureza também é, e ela reclama, traz muita chuva, vento, terremoto e fogo, para restaurar o que foi modificado pelos seres humanos desenvolvimentistas com seus projetos artificiais que não respeitam as leis básicas da natureza: esgoto em rios, casas em encostas, desmatamento, pavimentação que não deixa a água infiltrar no solo, causando enchentes, transgênicos, agrotóxicos...


PÁIS RICO NÃO É PAÍS QUE TODOS TEM CARRO, MAS QUE TODOS TENHAM TRANSPORTE PÚBLICO DE QUALIDADE.
Já pensaram na melhoria da mobilidade urbana e no meio ambiente se o transporte público fosse de graça, funcionasse 24 horas com qualidade e fosse movido a água? Menos trânsito, mais faixa para ciclista, menos fumaça, menos barulho, menos acidentes, mais qualidade de vida, as pessoas que quisessem se divertir a noite teriam mais liberdade para lazer, menos stress, mais saúde, menos combustível sendo lançado no meio ambiente. E você iria finalmente poder se livrar do peso de ter que pagar e manter um automóvel.

É tempo de mudança, agora grande parte da população está despertando de seu potencial de se autogerenciar, se interessar por política e SER RESPONSÁVEL PELA SUA EXISTÊNCIA. Estão cansados de se contentar com migalhas, uma vez que perceberam que porque uns tem em excesso, outros não conseguem o básico: saúde, alimentação, educação, transporte, segurança, lazer...

Não queremos mais democracia passiva de 4 em 4 anos, queremos democracia ativa, fazer parte de fato das decisões sobre quais as prioridades de investimentos de nossos recursos, e isso deve ser feito de maneira transparentes, participativa, simples, descentralizada, desconcentrada, democrática e local, de preferência no nosso bairro/comunidade. O Brasil de União federativa passa a ter status de MERCOSUL.

Os recursos produzidos no local devem ser geridos no local, pela comunidade, pois a concentração de recursos nas mãos de poucos permite mais corrupção com volumes maiores, e ainda desperdiça dinheiro com a necessidade de gastos com fiscalização, uma vez que quanto mais complicado e mais distante da realidade local, menos as políticas públicas vão atender às necessidades de uma população tão volumosa e diversa, e mais vai ser necessário gastar fiscalizando com diárias, passagens, salários...

Nesse novo tempo devemos rever se as pessoas estão recebendo justamente pelo que executam como bem e serviço em favor do TODO, como professores, bombeiros, profissionais de saúde, de limpeza, como os garis, as faxineiras, os que preparam e plantam o nosso alimento. Vamos rever os profissionais que valorizamos e pensar em oferecer serviços que tragam resultados positivos, deixando

UM FUTURO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS
e
DEIXANDO FILHOS MELHORES PARA O FUTURO.

E quem está concentrado poder e recursos neste momento (governantes, milionários...) precisa entender isso tudo e começar a abrir mão, sem apego, sem dor. Pensando que isso vai ser melhor, vai ser a libertação de sua própria ilusão de controle, por que na verdade, não consegue controlar e gerir tudo isso. E quando se libertar de todas as suas amarras e “responsabilidades” vão ter mais tempo para estar com a família, com os filhos, caminhando com o cachorro, ouvindo os pássaros, sentido a brisa do Sol no rosto, dormir melhor, sendo mais feliz, sem se preocupar se vai ter alguém de sua família sendo sequestrada pois tem milhões no banco.

É TEMPO DE MUDANÇA, tempo de sair das grandes concentrações urbanas, das metrópoles, chega de êxodo rural, é tempo de contato com a terra, com a natureza, de ir a pé ou de bicicleta para a escola, para o trabalho, de trabalhar por prazer, de fazer o que gosta e acredita.

Também devemos fazer uma reforma interna, dentro de cada um de nós.

“SEJA A MUDANÇA QUE QUER PARA O MUNDO.”

ou

“AQUELE QUE QUISER SALVAR O MUNDO, SALVE PRIMEIRO A SI MESMO.”

Nossos valores éticos, nosso comportamento com relação às crianças, às mulheres, aos velhos, aos mais indefesos, aos animais, à natureza, aos indígenas. Ceder o assento para os idosos, portadores de necessidades especiais, parar na faixa, devolver o troco incorreto, ser honesto, não jogar lixo na rua, não poluir o planeta, faça exercícios sem gastar energia elétrica, sujou, limpe, quebrou, concerte, tomou à força ou contra vontade, devolva, possui em excesso, compartilhe, sorria mais, converse com seus vizinhos, cuide de sua saúde, ame sua família, não seja um consumista de coisas desnecessárias para sua vida, não consuma produtos de empresas que não respeita a natureza, inclusive os seres humanos, como as produtoras de agrotóxicos. Alimente-se mais e mais, ou exclusivamente de alimentos naturais, crus e orgânicos, sem carne de animais criados com sofrimento e dor.

Muitos desejam que a mudança seja rápida, mas quanto mais rápida, mais dolorosa e violenta. Respire fundo, para chegar ao topo da montanha, devemos dar um passo de cada vez. Vamos para as manifestações com amor e paz no coração, sem destruir o que foi feito, pois podemos usar todos estes bens de maneira boa, os prédios públicos, por exemplo, podem ser utilizados como salas de saber, tratamento de saúde... Lembre-se que cada janela de vidro, cada impressora quebrada foi comprado com seu dinheiro, para que cada bem desse esteja funcionando, teve trabalho de muita gente envolvida e desgaste da natureza.

A lei do retorno existe, aqui se faz, aqui se paga, violência gera violência, assim como

GENTILEZA GERA GENTILEZA. PAZ GERA PAZ.

Devemos ser educados, amigáveis, solícitos, amorosos, solidários e agradecidos. Vamos lembrar do básico e do simples: “não faça ao outro o que não gostaria que fosse feito a você” ou

“FAÇA AO OUTRO O QUE GOSTARIA QUE FOSSE FEITO A VOCÊ”
ou

“AME AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO.”

Pense em tudo isso, é mais simples do que acreditamos, o objetivo é SER FELIZ com um mundo melhor para cada um e para todos, pois todos, mesmo com nossas características biológicas e culturais específica, SOMOS UM.

QUE TODOS SEJAM FELIZES, QUE TODOS SEJAM LIVRES E RESPONSÁVEIS PELA SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA.

Por gentileza, repasse.

K. Cristina – uma brasileira em tempo de mudança.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

DA PUREZA A POBREZA A AUTO-SUSTENÇAO DO ÍNDIO





Gostaria que esta fosse a realidade de todos os povos indígenas, contudo, apesar de haver poucas etnias indígenas que ainda nao foram contatados pela cultura ocidental, essa visao faz parte mais de uma mentalidade romantica criada a respeito do índio. Graças ao contato com os brancos, a saúde física dos índios é precária. Os ocidentais e seus descendentes jamais conseguirao dar total assistencia a estes povos, que mesmo com o apoio de Rondons e Villas Boas, saem profundamente lesados em consequencia do contato com a cultura progressista e voraz do branco. A altivez, a impavidez, dos povos indígenas que andavam livremente pelas florestas, lagoas, praias e rios da América, foram sendo esquecidas no aprofundamento do contato com indivíduos que acenavam com possibilidades de uma "civilizaçao" e lhes davam roupas, anzois, carabinas, lanternas, rapadura, açucar, coca-cola, mas nao forneciam fonte para conservaçao e reposiçao dos novos bens. Como resultado, surgiu um indivíduo que colocando a mesma roupa por dias e dias, após tomar banho, e com ela caminhar, sentar-se ao solo e te-la desfiada pelos espinhos e galhos, assemelha-se a um mendingo, um indivíduo que, habituando-se a usar carabina para caçar e defender-se dos perigos da floresta, anzol para pescar, lanterna para iluminar, cesta básica para se alimentar, desaprendia paulatinamente, a fazer arcos e flexas, a plantar e buscar alimentos da natureza, e com eles prover sustento, saúde e defesa.

As geraçoes mais novas já nao querem mais ouvir e aprender com os indios mais velhos e sábios pajés, grande parte de seu tempo é tomado pela escola indígena, financiada pelo Governo Ocidental,

com finalidades de dar letramento e conhecimento aos povos "nao civilizados". Esse processo, se nao matou pelas armas, se nao matou pelas doenças de contato, acabou matando a cultura indígena naquilo que lhe é mais essencial: a sabedoria ancestral de como sobreviver de forma autonoma e independente nas florestas.

Ao nao ter mais como substituir tais "generosas dádivas" ocidentais, os índios contatados tornavam-se inferiorizados aos índios ainda nao contatados. Um indivíduo cujos dentes faziam inveja, tendo-os corroídos por bactérias em consequencia da fermentaçao dos açúcares doados pelos brancos, e por nao terem sido adequadamente educados a escová-los após se lambuzar das balas, chicletes, café com açucar, refrigerantes..., passou a sofrer com dores e a ostentar boca cheia de fragmentos esburacados. A atraçao e o contato indiscriminado, nao planejado, nao orientado do índio com aspectos da outra civilizaçao, pelo subsequente processo de aculturaçao, acabaram consubstanciando uma transformaçao de pureza em pobreza de índio.

A vivencia com os Krahos deixou isso mais claro para mim, ao perceber a dependencia desde povo com relaçao ao uso de medicamentos ocidentais, pais que longe de seu lar nao carregavam remédios para enfermidades básicas, informaram que nao sabiam o que usar para uma simples gripe, que sem o tratamento devido e a tempo acabou virando pneumonia na sua filha de cerca de 5 anos.

Além da urgente demarcaçao e reconhecimento das terras indígenas, já que sem terrítório dificilmente alguma cultura desse tipo possa sobreviver, qualquer açao política digna deve procurar resgatar os conhecimentos tradicionais alimentares e salutares entre os povos indígenas, temos que ir além das pinturas, dos artesanatos,do turismo, temos que ir mais profundamente, na raiz do problema, e atingir aquilo que é essencial e vital para a sobrevivencia, buscando com isso permitir mais auto-sustentaçao, sem depender tanto do arroz, do óleo de soja, da cesta básica, do tylenol, do paracetamol...

É uma triste contradiçao esta a que muitos povos indígenas foram submetidos a ter que consumir e depender dos produtos do agronegócio oferecidos na cesta básica ou nos mercados próximos, com todas as suas mazelas, como agrotóxicos, transgenicos, desapropriaçao de terras dos nativos, exploraçao de mao de obra, degradaçao ambiental, desnutriçao causada por alimentos de baixo valor nutritivo, como arroz branco e açucar industrializado. Intencionalmente ou nao isso acaba por promover aquilo que os destrói.

Com aqueles povos que nao tem mais como prevenir, mas apenas remediar, as açoes políticas precisam parar de considerar o índio pobre por nao ter dinheiro, como relata a notícia abaixo:

Relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que os povos indígenas representam um terço dos 900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza, com menos de U$ 4 (R$ 7) por dia, em áreas rurais do mundo. FOnte: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/onu-diz-que-indios-sao-um-terco-dos-mais-pobres-do-mundo-20100114.html

Parar de considerar pobre aquele que nao tem vaso com descarga de água potável nem chuveiro no banheiro, que nao tem televisao, geladeira, telefone...

Nao é com acesso a essas "necessidades"ocidentais que os povos indígenas deixarao de ser pobres.

É preciso substituir os produtos ocidentais industrializados das cestas básicas por alimentos naturais produzidos localmente, procurando tirar a dependëncia desse assistencialismo aculturador, é preciso catalogar tais saberes em vídeo, promover encontros e trocas de saberes entre estes povos.

E acima de tudo: É preciso resgatar os saberes tradicionais dos mais velhos, mestres pajés, colocá-los no centro das salas de aula, repassar seus saberes as geraçoes mais novas, com relaçao ao uso uso da terra, coleta e cultivos alimentos, uso de ervas e raízes nativas boas para a saúde, de forma a permitir que eles tenham uma vida mais auto-sustentável possível.

UM NOVO PARADIGMA DE DESENVOLVIMENTO É PRECISO PARA TODOS NÓS. A ORDEM E O PROGRESSO JÁ NAO ILUDEM MAIS.

TEXTO: Kelly Hacac Guarani Kraho.
Historiadora,
Educadora Ambiental e
Especialista em Desenvolvimento Sustentável

FOTOS:
https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/p480x480/580682_319974368121086_1468093385_n.jpg
Juventude Sustentável

http://www.socioambiental.org/website/parabolicas/edicoes/edicao53/reportag/p09.htm POBREZA CAUSA DIABETES EM ÍNDIOS

Fonte inspiradora: O XINGU DOS VILLAS BOAS.

Desculpe a ortografia, teclado com problemas.