quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Em que se baseiam as causas de nossos problemas e frustações?


Abaixo segue um texto que considero super importante para que possamos compreender a lógica de nossa existência nesse plano e em que se baseiam as causas de nossos problemas e frustações.



FRUSTRAÇÃO

Esse será nosso tema de estudo, para tanto acho interessante buscarmos todos os meios e recursos disponíveis para estarmos associando idéias novas com as experiências passadas, assim aproveitaremos muito mais o conteúdo expresso. Somos seres existenciais reencarnantes, com isso trazemos em nós uma somatória de experiências que compuseram os códigos de nossos acessos emocionais que traduzimos em ações em nosso dia a dia. Somos uma resposta direta e factual do que amealhamos como informação nessa nossa jornada, assim convido a todos para estarmos tratando de um conceito muito comum a todos, primeiramente tomado como religioso, mas que na prática vivencial acabou arraigado em nosso psiquismo. Vamos lá:

Os sete pecados capitais Pecado, do grego hamartia, é um verbo que significa errar o alvo.

Porém, isso não significa meramente um erro intelectual de juízo, mas, não conseguir atingir o objetivo existencial. Os sete pecados capitais, teologicamente são advindos da perspectiva do Cristianismo, ou seja, é a expressão da perda do destino ou do sentido existencial, comprometido com um processo evolutivo, na busca de realização da alma, que pode ser entendida como salvação e cura de todos os males. Com isso, ao pensarmos nos sete pecados capitais: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça, chegaremos à conclusão de que todos esses sete pecados desviam os indivíduos das trocas e da verdadeira felicidade.

Os sete pecados capitais nos dão um tipo de classificação dos vícios que eram abominados na época dos primeiros ensinamentos do cristianismo e que atualmente, por conta do capitalismo avançado, estão cada vez mais presentes no cotidiano da humanidade. O intuito dos antigos cristãos era educar e proteger seus seguidores, no sentido de ajudar os crentes na compreensão e auto-controle das suas pulsões e instintos básicos. É importante ressaltar que não existe registro oficial dos sete pecados capitais na Bíblia, apesar de estarem presentes na tradição oral do Cristianismo. Para mim, devemos entendê-los como doenças biopsicossociais com repercussões em todos os níveis e quadrantes da vida. Neste contexto é que surgem os estudos de psicossomática e dos comportamentos sociopáticos e psicopáticos. Então, cada pecado representa uma tendência equivocada que um fiel poderia ter diante do medo, da angústia e das incertezas da vida.

Como vida é expressão de trocas e relações entre as demandas instintivas, psíquicas, sociais e espirituais, somos constantemente mobilizados por necessidades, desejos e demandas de todo tipo e forma. Por outro lado carregamos uma bagagem genética, racial, familiar, cultural e transcendental que também nos influencia provocando mais desconforto, angústia e incertezas quanto ao nosso destino e significado existencial. Com isso, heroicamente, os seres humanos precisam fazer suas jornadas caminhando entre necessidades, destinos, livre arbítrio e limitações pessoais e coletivas que, de acordo com a situação, podem desembocar em pecados ou virtudes. (inadequações e adequações) Pois ambos estão potencialmente presentes nas atitudes humanas. Além de serem tão relativos quanto os conceitos de bem, mal, certo e errado.

Todas as pessoas possuem, em seus dinamismos psíquicos, tendências de atuação em todos esses sete pecados. Principalmente na atualidade onde vivemos numa sociedade que está brutalizando as dimensões anímicas e espirituais dos seres humanos. Basta observarmos o comportamento da maioria das pessoas que vão ao Shopping para comprar o que não precisam, com o dinheiro que ainda não possuem, para impressionar quem não conhecem! Essa atitude, além de estar na contra mão das questões ambientais e de auto-sustentabilidade, tem conotações de inveja, luxúria, avareza e vaidade. Só o autoconhecimento poderá fazer com que essas tendências sombrias fiquem menos autônomas e que as virtudes possam entrar em equilíbrio harmonioso com os pecados. Pois, no íntimo de cada ser humano tanto as virtudes quanto os pecados estão potencialmente presentes. Tudo é uma questão de consciência e autoconhecimento.

Atualmente, o Capitalismo, e sua pior prática que é a do lobismo, estimulam a avareza, a gula, não só de alimentos, mas de conhecimento, informações, acúmulo, entre outras atitudes que possam dar a ilusão do poder. Além disso, o desperdício, a luxúria do luxo e vaidade estão muito presentes também. Basta refletirmos que estamos vivendo em uma sociedade onde 30% da população mundial é subnutrida e outros 30% é obesa! Qual a lógica disso? A questão da vergonha e da culpa é muito pessoal e dependerá da formação ética e espiritual de cada indivíduo, do momento de vida em que ele se encontra. Então, não podemos criar uma classificação entre os sete pecados. Creio que eles se interpenetram e a prática de um acaba, direta ou indiretamente, desembocando na prática dos outros. Dependendo das condições de vida, dos medos, da angústia e das dificuldades do dia a dia, a prática de um pode ficar mais facilitada do que a prática de outros pecados. Por meio do autoconhecimento, de contínuas reflexões sobre o sentido, o significado da vida, e a compreensão dos desejos, pulsões e atitudes que estão nos motivando é que poderemos harmonizar os pecados com as virtudes. Por isso, o melhor modo de não sermos dominados pelos pecados é não perdermos o alvo, a meta existencial que deveria ser o sacro-ofício de servir ao invés de apenas servir-se da natureza e da vida. E como todos os seres humanos possuem tanto os pecados quanto as virtudes, devemos ter tolerância com quem está sendo possuído por eles e criar condições para despertar as virtudes, em nós e nos outros. À medida em as pessoas se tornam menos egocêntricas e mais amorosas, principalmente iniciando o processo de amar a si mesma, no processo de emancipação espiritual com a prática da individualidade naturalmente as virtudes vão surgindo no lugar dos pecados.

É isso o que Jung propõe com integração da sombra. É por essa mesma razão que Jesus, na passagem com a prostituta diz: quem nunca errou que atire a primeira pedra, e nem Ele atirou!

Dra. Sueli Moretti Villas Boas, Psicóloga
Site: www.smpsicologia.psc.br

Fonte: http://74.125.47.132/search?q=cache:6Ha4wmCalu0J:www.ipirangacenter.com.br/colunista.asp%3Fid%3DC+obras+constru%C3%A7%C3%B5es+luxuria+luxo+vaidade+humanas&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

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Contra a supervalorização da razão, ele argumenta que a razão, a consciência, tornou-se um instrumento responsável pela má condução da sociedade, desde os primeiros momentos em que as primeiras relações sociais afastaram o homem de seu estado de natureza. À medida que se sucederam as idéias e sentimentos, na longa trajetória dos primeiros tempos de formação da vida social, o espírito e o coração do homem em estado de natureza entraram em atividade. A razão, formada através da longa sucessão dos acontecimentos, conduziu a sociedade para sucessivas etapas de progresso, que Rousseau chama de "novas luzes". As primeiras atividades do espírito, primeiras reflexões, primeiros atos de raciocínio, estão na origem das "luzes" e, simultaneamente, dos males sociais. Não fossem estas mesmas "luzes", não teriam surgido os males sociais.

Para saber mais, leia:
http://74.125.47.132/search?q=cache:aYPKrDCvr_oJ:www.espacoacademico.com.br/018/18cgiani.htm+ensaio+luxuria+luxo+vaidade+humanas&cd=8&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br