sexta-feira, 4 de março de 2011

A divisão sexual do trabalho na agricultura familiar na Amazônia: o “não trabalho feminino”


"No trabalho, o sujeito humano desenvolve sua capacidade criadora, orientando-o para novas possibilidades, impulsionando-o para tomada de decisões e escolhas conscientes, orientando-o para busca de novas formas de ser mais emancipadas e autônomas, e que rompam com todas as formas estranhadas do ser social, com enfoque específico à liberdade. Para que este trabalho emancipador e esta ampliação do ser social de fato ocorram, se faz necessário que este sujeito seja protagonista da construção de sua própria história, um ser ativo, participante e que tenha fundamentalmente este reconhecimento em sua subjetividade (Semeghini, 2009). Neste sentido, o reconhecimento do trabalho da mulher e de seu protagonismo vai além da ampliação dos espaços que a ela são destinados na sociedade. Este reconhecimento tem como base o entendimento subjetivo que esta mulher tem de seu papel na sociedade, o quanto esta se valoriza e se reconhece como ser consciente e mobilizador de transformações sociais."
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"A mulher na contemporaneidade, pela sua inserção em diversos espaços sociais, vem apresentando um papel fundamental na sustentabilidade da propriedade, porém esta ainda parece não ter o reconhecimento de seu trabalho na medida em que as suas atividades produtivas são visualizadas como ―não trabalho‖, uma atividade que não gera renda e recursos para o processo produtivo da agricultura familiar."

Sandra Helena da Silva1
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Sandra Damasceno da Rocha2
Universidade Federal do Amazonas - UFAM

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