sexta-feira, 4 de março de 2011

DAQUILO QUE SE É, E DAQUILO QUE SE REPRESENTA


DAQUILO QUE SE É, E DAQUILO QUE SE REPRESENTA

Dentre alguns fatores a se considerar sobre o SER, é que ele é impermanente e mutante.
Na verdade a palavra para melhor definir isso é ESTAR, estamos alguma coisa. Estamos pensando que somos alguma coisa, DAQUILO QUE SE É, e os outros que nos vêem estão pensando algo sobre o que representamos, DAQUILO QUE SE REPRESENTA.
A mente humana por sua limitação não dá conta da realidade na sua totalidade, os outros nos vêem com os olhos e valores que possuem e a cada pessoa diferente, muda também a percepção daquilo que se vê sobre o outro. Nossa aparência física e nosso forma de vestir também molda o que SE É E O QUE SE REPRESENTA. É de se lembrar também que os fatos reais deixam de existir a partir do momento em que acontecem, e passam a virar relatos, boatos, sons e imagens gravadas.
Além disso, a disponibilidade de tempo e dedicação que o ser humano tem para se dedicar a apreender novos saberes (por meio diferentes formas com leitura, música, oralidade, imagem, etc.) também molda a percepção que a cada pessoa tem sobre o mundo. Esse fator de disponibilidade maior para esse ou aquele método de aprendizagem dá maiores capacidades e facilidades em temas diferentes, uns sabem mais de música, outros de informática, outros de cultivo, outros de floresta e outros de leitura. Lembrando que nenhum ser vivo consegue ser perfeito em qualquer uma delas, mesmo com dedicação exclusiva.
Sabendo disso, podemos perceber porque é impossível agradar a todos, e nem Cristo agradou, pois somos bons, legais, maus, ruins, humildes ou egocêntricos ao mesmo tempo para pessoas diferentes. O que devemos ter em mente é que pessoas diferentes possuem parâmetros diferentes de valoração e julgamento sobre o outro, assim como tem um maior conhecimento sobre algum tema ou forma diferente de aprendizagem. O que interessa é respeitar a diversidade de seres e saberes, pois é ela que nos matem vivos, existentes, impermanentes e mutantes.
Quando temos isso em mente, notamos que para nós estamos sendo o que pensamos ser, e para os outros, somos o que cada um deles sabe e pensa que sabe de nós. Numa relação sempre dialética e mutante. Nesse sentido, a identidade do ser se esvai e se recria constantemente.
Alguns que vivem buscando não ferir ou invadir o espaço do outro, que abrem mão desse ego, pois não se importam com essa imagem gerada, mas buscam ter sua vida dedicada para a doação, para a verdade, a melhoria de vida, de um mundo melhor, mais justo e sustentável, no fundo, no fundo, são as pessoas que estão mais livres e felizes. São a mudança que acreditam e querem para o mundo, esse é o seu sonho e ideologia.
E esses, por pensar assim, são considerados loucos, pois não se preocupam com sua imagem. Voltando ao assunto DO QUE SE É, é bom lembrar que esse eu identitário está moldado pela capacidade do ser em tornar realidade a cada instante aquilo que acredita e pensa ser, então pessoas que procuram ter pensamentos positivos, acabam tendo palavras positivas, suas palavras acabam tornado suas atitudes, hábitos, valores e seu destino. Portanto, somos o que queremos ser.
Mas essa é só a visão limitada de um ser sobre O QUE SE É E O QUE SE REPRESENTA SER.


SOBRE O SABER E AS HABILIDADES
Quando uma pessoa tem maior disponibilidade de apreender uma habilidade desde o berço, pois seus pais ou alguém próximo desenvolveu essa mesma habilidade, é lógico que se gostar e procurar seguir a mesma carreira, essa pessoa terá mais chances de evoluir melhor naquilo que tem disponível o tempo todo, do que outra pessoa que nada disso tem. É o caso de filhos de músicos que são músicos, de filhos de médicos que são médicos.
Enfim, vejamos o caso da música, desde a barriga da mãe o ser ouve música, conceitos do tema, tem os instrumentos mais disponíveis, ouve conceitos do que é afinado e bom, do que não é, tem mais acesso a partituras, recebeu geneticamente do pai e/ou mãe, e/ou avós a maior predisposição para desenvolver partes nervosas e cerebrais ligadas à música. E crescem sendo recebendo motivação para a música, é lógico e óbvio que tem mais chances de ser um grande músico do que aquele que cresce em um ambiente que não tem nada disso.
É lógico e óbvio que existem algumas exceções, as quais estão ligadas a fatores como negação da família e dos pais pelo adolescente, e que por alguma espécie de trauma não quer seguir a mesma carreira dos pais, ou então daqueles que não nascem e crescem nesse ambiente propício, mas que desejam ardentemente, por alguma espécie de admiração, seguir a música. Contudo, nesse último caso a dedicação e o querer vão ser fatores preponderantes para a apreensão desse novo saber.
A ciência, representada por seres que saem das academias universitárias, que também é falha, faz pesquisas para comprovar fatos óbvios como esse, que até para um leigo analfabeto que reflita sobre a vida, pode saber.
Mas essa é só a visão limitada de um ser sobre O QUE SE É E O QUE SE REPRESENTA SER.

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