quinta-feira, 17 de março de 2011

ÍNDIOS NÃO TEM MEDO DO SILÊNCIO



Nós os índios, conhecemos o silêncio, não temos medo dele.


Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.

Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles

nos transmitiram esse conhecimento.

"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.

Esta é a maneira correta de viver.

Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes; observa os anciões
para ver como se comportam;

observa o homem branco para ver o que querem.

Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então
aprenderás.

Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos e pretos, é o contrário.

Vocês aprendem falando.

Dão prêmios às crianças que falam mais na escola, em suas festas, todos
tratam de falar.

No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes e chamam isso de "resolver um problema".

Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.

Precisam preencher o espaço com sons.

Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir, em sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.

Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido.

Se começas a falar, eu não vou te interromper.

Te escutarei, mas talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás
dizendo, mas não vou interromper-te.

Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,

mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.

Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.

Terás dito o que preciso saber.

Não há mais nada a dizer.

Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.

Deveriam pensar nas suas palavras como se fossem sementes.

Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.

Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que
devemos ficar em silêncio para escutá-la.

Existem muitas vozes além das nossas, muitas vozes.

Só vamos escutá-las em silêncio.



APRENDAMOS COM ELES...

*Texto traduzido por Leela, Porto Alegre.

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